Em um cenário em que as finanças pessoais determinam qualidade de vida e bem-estar, a necessidade de simplificar a educação financeira nunca foi tão urgente. Este artigo traz uma visão ampla, dados atualizados e recomendações práticas para que qualquer pessoa, em qualquer lugar, possa conquistar autonomia e segurança econômica.
Em 2024, o Brasil contava com 229 iniciativas de educação financeira, um número que caiu em comparação a levantamentos anteriores (526 em 2017 e 317 em 2013), mas que alcança mais gente: 29% dessas ações atingiram mais de 10 mil pessoas, contra apenas 9,3% em 2017.
A maioria dessas iniciativas é gratuita, financiada por recursos privados, e adota um formato híbrida (presencial + online) cresceu de 18% em 2017 para 58% em 2024. Esse modelo reflete a digitalização acelerada e o papel central das redes sociais na disseminação de conteúdos financeiros.
Embora 55% dos brasileiros digam compreender pouco (40%) ou nada (15%) sobre finanças, existe grande disposição para aprender: 55% afirmam dar muita atenção ao controle do orçamento, e outros 20% dedicam algum tempo ao tema.
Os canais digitais lideram como fonte de informação, com 40% usando a internet e 22% recorrendo a sites e aplicativos especializados. Entre produtos financeiros, o cartão de crédito é o mais utilizado (66%), mas nem sempre de forma consciente.
O endividamento assombra muitas famílias: 39% dos brasileiros estão endividados, e 23% acreditam que sua situação pode piorar até o fim de 2025. Se considerarmos a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), 76,4% das famílias enfrentam dívidas.
Além do aperto nas contas, há reflexos diretos na saúde mental: metade dos trabalhadores aponta o dinheiro como principal fonte de preocupação, e 72% reconhecem que a instabilidade financeira afeta o bem-estar emocional.
No Senado, projetos de lei (PL 5.950/2023 e PL 1.510/2025) propõem tornar obrigatória a disciplina de finanças nas escolas. Em Minas Gerais, a iniciativa já é realidade: 175 mil estudantes participam de turmas de educação financeira, com apoio do Banco Central e do programa Aprender Valor.
O modelo mineiro integra o tema de forma transversal, envolve professores multiplicadores e estimula debates em sala de aula, gerando maior interesse e resultados positivos no controle de gastos e formação de poupança.
A Semana Nacional de Educação Financeira (Semana ENEF), realizada de 12 a 18 de maio de 2025, mobilizou esforços em todo o país, reunindo workshops, palestras e oficinas. Parcerias entre setor público e privado, como o Banco Central e institutos privados, ampliaram o alcance dessas ações.
Programas específicos voltados a grupos vulneráveis – jovens, idosos, baixa renda e pequenos empreendedores – ressaltam a importância de conteúdos personalizados e módulos práticos, com foco em planejamento e investimento consciente.
Descomplicar a educação financeira é um esforço coletivo que passa pelas escolas, pelas famílias e pelas redes sociais. Com informação e prática, qualquer pessoa pode assumir o controle de suas finanças, alcançar sonhos e construir um futuro mais estável e próspero.
O desafio está lançado: participe, compartilhe e coloque em prática as dicas. Sua jornada rumo à liberdade financeira começa agora!
Referências