Em um cenário de constante mudança, o empreendedorismo no Brasil alcança recordes em 2025. Mais do que criar empresas, surge uma geração movida pela vontade de transformar o mundo e gerar lucro de forma sustentável.
O país registrou 2,6 milhões de empresas abertas no primeiro semestre de 2025, número recorde na série histórica da Receita Federal. Esse crescimento representou um incremento de 7% em relação ao ano anterior, refletindo a força de um ambiente cada vez mais favorável.
Até o final do segundo quadrimestre, havia 24,2 milhões de empresas ativas, das quais 93,8% são micro e pequenas empresas. Destas, mais de 12,6 milhões são microempreendedores individuais, demonstrando o protagonismo dos pequenos negócios na economia nacional.
Graças à simplificação e transformação digital, o tempo médio de abertura de empresas caiu para apenas 21 horas, reforçando a ideia de que o Brasil investe em agilidade e inclusão.
Além desses, cooperativas cresceram 25,8% no segundo quadrimestre, reforçando a diversidade de modelos colaborativos em expansão.
Segundo o Global Entrepreneurship Monitor, 77% dos empreendedores buscam fazer a diferença no mundo. A combinação de motivação por necessidade e por propósito molda um perfil dinâmico, onde inovação e impacto social caminham lado a lado.
Dados do GEM 2024 apontam que quase metade da população entre 18 e 64 anos considera ter conhecimento e habilidades para abrir um negócio, e 39,5% têm intenção real de empreender nos próximos três anos.
O medo de fracassar, embora ainda presente, recuou de 54,6% em 2023 para 51,8% em 2024, indicando maior confiança e resiliência.
Histórias reais mostram que é possível unir impacto social e retorno financeiro. Um exemplo marcante é o de Kadu Pires, que transformou uma distribuidora de tecidos em uma startup digital colaborativa.
O projeto, chamado Clube Mais Criativo, conecta pequenos fabricantes têxteis e vende diretamente ao consumidor final. Em seis meses, contabilizou faturamento de R$ 10 milhões e elevou a renda de centenas de microempreendedores.
Essa trajetória reforça como a visão de propósito pode guiar estratégias de crescimento e sustentabilidade.
Ainda hoje, metade das empresas encerra as atividades antes de completar cinco anos. Entre os obstáculos mais comuns estão:
Optar por franquias pode ser uma alternativa para iniciantes, oferecendo suporte estruturado e método comprovado. Mas é fundamental escolher redes alinhadas ao propósito e ao perfil do empreendedor.
Essas iniciativas reduzem barreiras de entrada e contribuem para uma economia mais inclusiva, beneficiando regiões como Nordeste e Norte, onde o empreendedorismo cresce de forma acelerada.
O Brasil subiu duas posições no ranking global de empreendedores estabelecidos, superando países como Reino Unido e Estados Unidos. Essa evolução reflete um ecossistema cada vez mais maduro, focado em inovação sustentável e no fortalecimento de comunidades.
Para quem deseja iniciar agora, a dica é alinhar o negócio a uma causa, integrar práticas sociais e ambientais ao modelo e buscar mentores que já trilharam esse caminho.
Empreender com propósito não é apenas uma tendência: é uma necessidade para construir um futuro justo e próspero. Ao unir impacto positivo e retorno financeiro, os novos empreendedores mostram que é possível gerar valor para a sociedade e lucrar de forma ética.
O momento é agora. Com dados e apoio adequados, qualquer ideia pode se transformar em um agente de transformação social e prosperidade econômica.
Referências