Em um cenário econômico marcado por incertezas globais, os investidores brasileiros encontram na renda fixa uma oportunidade de crescer o patrimônio com segurança e previsibilidade. Com a Selic em patamar histórico, explorar alternativas além da conta poupança pode fazer toda a diferença para quem busca retornos reais significativos e proteção contra a inflação.
Em 2025, a taxa Selic está em 15% ao ano, seu nível mais alto desde 2006. Esse patamar elevado deve permanecer até o início de 2026, enquanto a inflação anual projetada gira em torno de 5,7%. A diferença entre a remuneração dos títulos atrelados à Selic e a inflação confere um juro real atrativo próximo de 8,8%, cenário que favorece quem busca alocar recursos em renda fixa.
Com a expectativa de que a inflação cedendo gradualmente, o investidor conta com retornos historicamente elevados e maior previsibilidade em diversos produtos, antes de eventuais cortes de juros no futuro.
A poupança, tradicional porto seguro do brasileiro, rende cerca de 0,5% ao mês mais TR, o que resulta em aproximadamente 7% ao ano. Esse rendimento costuma ficar abaixo da inflação ou oferecer uma rentabilidade real muito baixa, comprometendo o poder de compra do investidor.
Apesar de a conta poupança ser garantida pelo FGC até R$ 250 mil, diversos produtos de renda fixa, como CDBs e LCIs, também contam com a mesma proteção, muitas vezes oferecendo ganhos superiores e prazos variados que se adequam a diferentes necessidades.
Explorar opções além da poupança abre caminho para aproveitar os cenários de juros elevados. Entre os principais produtos, destacam-se:
Títulos Públicos Federais (Tesouro Direto)
Tesouro Selic: pós-fixado à Selic, com liquidez diária, ideal para reservas de emergência. Tesouro Prefixado: fixa a rentabilidade hoje, permitindo travar juros altos. Tesouro IPCA+: híbrido que oferece proteção contra inflação, com taxas reais acima de 7%.
Créditos Bancários
CDBs pós-fixados podem pagar até 103,5% do CDI, com garantia do FGC. Letras de Câmbio (LC) e Recibos de Depósito Bancário (RDB) seguem lógica semelhante, variando em prazos e liquidez.
Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI/LCA)
Isentas de IR para pessoas físicas, essas letras atreladas à inflação chegam a oferecer IPCA + 6,8% ao ano em prazos superiores a 12 meses.
Fundos de Investimento de Renda Fixa
Permitem diversificação e gestão profissional, com rentabilidades que, em alguns casos, superam o CDI, mas sofrem tributação semestral por come-cotas.
Outros Produtos
Letras Financeiras (LF) e Debêntures, inclusive incentivadas, apresentam potencial de retorno elevado, ainda que sem cobertura do FGC e com perfil de investidor mais arrojado.
*Alíquotas decrescentes conforme prazo (IR sobre rendimentos; poupança, LCI/LCA e debêntures incentivadas são isentas).
Em 2025, a poupança rendeu em média 7% ao ano, enquanto o Tesouro Selic e CDBs pós-fixados superaram 15% ao ano. O Tesouro IPCA+ entregou inflação mais cerca de 7%, e as LCIs chegaram a oferecer IPCA + 6,8%. Fundos de renda fixa de maior destaque em rankings chegaram a entregar até 300% do CDI em períodos específicos, embora a maioria oscile em torno do CDI anualizado.
Referências